Enquanto
Jesus ensinava o povo, os discípulos Lhe trouxeram a notícia de que Sua mãe e
Seus irmãos estavam fora, e queriam vê-Lo.
Jesus
sabia o que ia no coração deles, e “respondendo, disse: Quem é Minha mãe? E
quem são Meus irmãos?
Parecia
estranha esta pergunta e ao mesmo tempo como se Cristo não desse a importância
necessária à própria família.
Por
que disse isso? A lição era profunda e vale a pena entender, já que também nós,
se aceitamos verdadeiramente a Cristo, passaremos (muitos já estão passando)
pelas mesmas dificuldades.
E,
estendendo a Sua mão para os Seus discípulos, disse: Eis aqui Minha mãe e Meus
irmãos; porque qualquer que fizer a vontade de Meu Pai que está nos Céus, este
é Meu irmão, e irmã e mãe”. Mateus 12:48-50.
Todos
os que pela fé recebessem a Cristo, estariam unidos por um laço mais íntimo que
os de parentes humanos.
Se
tornariam um com Ele, como Ele era um com o Pai.
Crendo
nas Suas palavras e colocando-as em prática, Sua mãe estaria mais próxima e
ligada pela salvação, do que através do parentesco natural.
Seus
irmãos não receberiam nenhum benefício de sua relação com Ele, a não ser que O aceitassem como Salvador pessoal.
Que
apoio teria Cristo encontrado em Seus parentes terrenos, se eles tivessem crido
nEle como enviado do Céu, e com Ele cooperado na obra de Deus!
Sua
incredulidade lançou uma sombra sobre a vida de Jesus na terra.
Foi
uma parte da amargura daquele cálice de aflição que esgotou por nós.
A
inimizade no coração humano contra o evangelho, o Filho de Deus experimentou
vivamente, e foi mais dolorida no próprio lar, pois tinha o coração cheio de
bondade e amor, e gostava da amorável consideração nas relações familiares.
Seus
irmãos desejavam que cedesse às idéias deles, quando se assim fizesse estaria
inteiramente em desarmonia com Sua divina missão.
Achavam
que Ele necessitava de seus conselhos.
Julgavam
Jesus sob seu ponto de vista humano, e pensavam que se falasse apenas coisas
aceitáveis aos escribas e fariseus, evitaria a desagradável controvérsia que
Suas palavras originavam.
Consideravam
de Sua parte um erro pretender divina autoridade, e colocar-Se perante os
mestres religiosos como reprovador de seus pecados.
Seus irmãos apresentavam muitas vezes a filosofia dos fariseus, batida e mofada
pelo tempo, e ousavam pensar que podiam ensinar Àquele que compreendia toda a
verdade e entendia todos os mistérios.
Condenavam
abertamente o que não conseguiam compreender.
Suas
censuras eram vivas provações, e a alma de Cristo se consumia enchendo-se de
aflição.
Tão
penosos eram os mal-entendidos no próprio lar, que somente encontrava alívio
indo onde os mesmos não existiam.
Muitas
vezes só podia encontrar conforto em isolar-Se, e comungar apenas com Seu Pai
celestial.
Os
que são chamados a sofrer por amor de Cristo, que têm de suportar injustos
conceitos e desconfianças, mesmo no próprio lar com a família, podem encontrar
conforto no pensamento de haver Jesus passado pelo mesmo.
Ele
é tocado de compaixão por eles.
Convida-nos
a serem Seus companheiros, e a buscar alívio onde Ele próprio encontrava: na
comunhão com o Pai.
Os
que aceitam a Cristo como seu Salvador pessoal não são deixados órfãos,
suportando sozinhos as provações da vida. Ele os recebe como membros da família
celeste; pede-lhes que chamem Pai a Seu próprio Pai.
São
Seus “pequeninos”, caros ao coração de Deus, a Ele ligados por ternos e
indissolúveis laços.
Pense
nisso, e que Deus seja contigo.