Através
da parábola do semeador, Cristo mostra as coisas do reino dos Céus e a obra do
grande Lavrador para o Seu povo.
Como
um semeador no campo, veio Ele também para espalhar a semente celestial da
verdade.
Seu
ensino por parábolas era a semente, com a qual AS MAIS PRECIOSAS VERDADES de
Sua graça foram espalhadas.
Da
semente natural que é lançada na terra, Cristo deseja dirigir nosso espírito
para a semente do evangelho, cuja semeadura tem como resultado reconduzir o
homem à lealdade para com Deus.
“Eis
que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao
pé do caminho, e vieram as aves e comeram-na; e outra parte caiu em pedregais,
onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda.
Mas, vindo o Sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu
entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na. E outra caiu em boa
terra e deu fruto: um, a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta.” Mateus
13:3-8.
A
missão de Cristo não foi compreendida pelos homens daquela época, e não é
compreendida pelos que se dizem cristãos hoje.
Muitos
se unem às igrejas porque ouvem falar de um Jesus que lhes promete dinheiro,
fama e poder e quando não recebem isso, decepcionadas, culpam a Deus por isso e
o abandonam, quando em realidade nunca o conheceram.
As
imponentes cerimônias do passado foram ordenadas por Deus para ensinar ao povo
que no tempo determinado, viria Aquele que as cerimônias apontavam.
Mas
os judeus, exaltando as formalidades e cerimônias perderam seu objetivo.
Os
cultos de hoje, que deveriam todos apontar e ensinar a brevidade da vinda de
Cristo, são feitos para exaltar o eu, a prosperidade financeira, o
sentimentalismo, e perde-se completamente o objetivo dos mesmos.
As
lições nas parábolas e nas profecias estão ocultas a pastores e membros, como
foi no passado, que pelas tradições dos fariseus da época se perderam.
E
ao vir a realidade na pessoa de Cristo, não reconheceram nEle o cumprimento de
todos os símbolos, a substância de todas as sombras.
O
Filho do homem veio, mas continuaram pedindo um sinal, e o eco daqueles homens
ímpios continua, pela boca dos que apenas buscam sinais ou milagres.
À
mensagem dada pelos modernos João Batistas: “Arrependei-vos, porque é chegado o
Reino dos Céus” (Mateus 3:2), nada lhes diz.
O
evangelho de Cristo é uma pedra de tropeço a todos estes, porque, em vez de um
Salvador, pedem um sinal.
Como
resposta a essa expectativa, Cristo ensinou a parábola do semeador.
O
reino de Deus viria pela implantação de um princípio novo no coração dos
homens, um reino feito não de bençãos materiais, mas espirituais.
“O
que semeia a boa semente é o Filho do homem.” Mateus 13:37.
Cristo
não veio como rei, mas como semeador; não para dar dinheiro, posição, casas ou
carros novos aos que deveriam seguí-lo, mas para espalhar a semente, para uma
colheita que será ganha depois de trabalho paciente.
Os
fariseus compreendiam o significado, mas o Seu ensino era indesejável a eles.
Faziam
de conta que não compreendiam, e a grande massa dos seguidores dos pastores e
fariseus modernos, envolve-se num maior mistério ainda.
O
propósito de Cristo, cujas palavras ainda hoje desapontam as ambições terrenas
dos homens, não é aceito.
Os
discípulos mesmos não compreenderam a parábola, mas foi despertado o interesse
dos mesmos.
Foram
ter depois particularmente com Jesus e pediram explicação.
Ele
lhes explicou a parábola, do mesmo modo que tornará clara Sua palavra a todos
os que O procuram em sinceridade de coração.
Os
que estudam a Palavra de Deus com o coração aberto para a iluminação do
Espírito Santo, não permanecerão em trevas quanto ao significado da mesma.
“Se
alguém quiser fazer a vontade dEle”, dizia Cristo, “pela mesma doutrina,
conhecerá se ela é de Deus ou se Eu falo de Mim mesmo". João 7:17.
Os
semeadores, a exemplo de Jesus, irão espalhar a semente da verdade.
Mas
como foi no passado, assim é agora: Aquele que leva a preciosa semente, andando
e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Salmos 126:6.
Não
será pelos que colocam sobre sí mesmos títulos de poder humanos, que se auto
intitulam: Bispos, bispas, apóstolos, apóstolas, pastores, pastoras, etc, etc.
Não
será andando em carros luxuosos, ou descansando em fazendas e mansões que os
pastores de verdade irão conseguir semear A VERDADEIRA SEMENTE.
Será
com CHORO, andando, buscando, perseguidos, acusados de fanáticos, acusados de
inimigos das nações, renunciando a tudo, como fez o Mestre, que tudo no céu
deixou, que a PRECIOSA semente será plantada.
Somente
então a verdadeira semente dará seus frutos, e será naqueles solos que estão
sendo cultivados pela humildade e sincero desejo de aprender.